Putos da Banda

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sexta-feira, junho 29, 2007

Lux Jazz Sessions: Jazz no Lux

As Jazz Sessions irão potencializar ao máximo o interesse latente dos muitos públicos que se encontram no jazz, graças a uma programação que, todas as quartas-feiras a partir das 22 horas, acolherá no Lux um conjunto de nomes centrais nesse processo de eliminação de fronteiras que a grande música negra vem experimentando, sejam eles cantores, instrumentistas ou DJs, nacionais ou estrangeiros, tradicionais ou vanguardistas, pretos ou brancos, novos ou velhos... bonitos ou feios. O que interessa é que os seus corações batam ao ritmo do jazz, qualquer que ele seja. E é esse ritmo – ou esses ritmos… – que estão garantidos nos concertos, que começarão sempre às 23 horas na discoteca Lux, nos DJ sets que se lhes seguirão e em cada nova surpresa que as Lux Jazz Sessions virão revelar.

Ao arrancar no mês de Julho, as Lux Jazz Sessions dificilmente poderiam apresentar propostas mais quentes: logo na primeira sessão, no dia 4, juntamos dois dos mais brilhantes nomes da cena jazzy portuguesa, ou seja, o baixista Carlos Barretto, a liderar o seu projecto all stars «In Loko» (composto por Bernardo Sassetti, Mário Delgado, José Salgueiro, João Moreira e Sebastian Sheriff) e o colectivo de DJs Spaceboys. No dia 11, outro dos mais consagrados jazzmen made in Portugal, o pianista João Paulo, apresenta o seu novo registo, numa noite que se torna ainda mais obrigatória pela presença nos pratos do fascinante DJ Paul Murphy. A ementa do dia 18 é marcada pelos westerns sonoros dos Dead Combo e, num ritmo mais iconoclasta, da equipa de DJs Os Sete Magníficos. Por fim, a fechar o mês, no dia 25, a LUME Big Band (i.e., Lisbon Underground Music Ensemble) abre caminho para a incendiária actuação dos DJs Afro Latino Dynamic Duo (i.e., Johnny e Pedro Passos).

Programa:

4 de Julho: 23h00
Carlos Barretto «In Loko» + Spacecowboys (DJ's)

João Moreira (trompete)
Mário Delgado (guitarra)
Bernardo Sassetti (fender rhodes)
Carlos Barretto (contrabaixo)
José Salgueiro (bateria)
Sebastian Scheriff (percussão)

11 de Julho: 23h00
JOÃO PAULO - «Memórias de Quem» + PAUL MURPHY (DJ)

18 de Julho: 23h00
DEAD COMBO - «Vol 2: Quando a Alma Não é Pequena» + «Guitars from Nothing» 7 MAGNÍFICOS (DJ's)

Tó Trips (guitarra)
Pedro Gonçalves (contrabaixo).

25 de Julho: 23h00
LUME Big Band + Afro Latino Dynamic Duo (DJ's)

Marco Barroso (composição, direcção, piano)
Manuel Luís Cochofel (flauta)
Paulo Gaspar (clarinete)
Jorge Reis, José Menezes, João Pedro Silva, Elmano Coelho (saxofones)
Jorge Almeida, João Moreira, Pedro Monteiro (trompetes)
Luís Cunha, Eduardo Lála, Pedro Canhoto (trombones)
Yuri Daniel (contrabaixo, baixo eléctrico)
Pedro Silva (bateria)

terça-feira, junho 26, 2007

QUINTA: MAYRA ANDRADE & MÚSICOS DO NILO na Torre de Belém (22h00)

MAYRA ANDRADE (Cabo-Verde)

Mayra Andrade voz | Nelson Ferreira viola | Tarcisio Pinto Gondim viola | Ricardo Fernandes Pinto (Feijão) baixo | José Luis Nascimento percussão

Personalidade, presença, maturidade e consistência são os adjectivos mais utilizados para descrever o trabalho da Mayra Andrade. Nasceu em Cuba, viveu em Cabo-Verde até aos 6 anos, passou depois pelo Senegal onde aprendeu a escrever, em francês. Mais tarde viveu em Angola e na Alemanha. Desde 2003 reside em Paris. Caetano Veloso, Chico Buarque, Lenine, Charles Aznavour, Ernesto Puentes e Ismael Lo, entre outros, condimentaram a sua experiência de vida e os ritmos que sentimos na malha do Navega, o seu primeiro trabalho discográfico, produzido por Jacques Ehrhart. Conta com quatro temas do ORLANDO PANTERA e três temas da própria Mayra, um deles em colaboração com Patrice Larose. Aos 11 anos já cantava e aos 16 ganha a medalha de ouro nos Jogos da Francofonia. Foi este o trampolim para as nossas casas. O salto demorou o seu tempo, mas valeu a pena. Morna, Coladera, Funana, Batuque, Bossa, Jazz, Chanson française...
É muito bom! Perguntem ao Carlos do Carmo.

MÚSICOS DO NILO (Egipto)

MOUBAREK Youssef rebab, voz | Ramadan HASSANE Yousef Aly rebab, voz | IBRAHIM Mohammed derbouka | Ramadan ATTA Mohamed mizmar, arghul | Mohamed MASOUD Mahmoud tambor baladi | Kinawy BIKHIT Kinawy mizmar | Mohamed Mourad MIGALLY rebab, voz, flauta | Elhamy Mohamed Mourad MIGALLY rebab, voz | Mohamed Gamal Kinawy BIKHIT mizmar

Descobertos em 1975, participaram na primeira WOMAD, em 1983. Símbolo da tradição cigana no mundo árabe (um aspecto evidenciado no filme “Latcho Drom” de Tony Gatlif), conservam a autenticidade e a espontaneidade, e são o testemunho vivo de uma música popular que remonta à época faraónica. Os Músicos do Nilo evocam as subtilezas da música indiana e a explosão rítmica das músicas do oriente, daquelas que nos conduzem a um verdadeiro estado de transe, na descoberta interior de sonoridades perdidas. Luxor é a cidade onde habitam e também o local onde podem ser encontrados os vestígios das mais importantes necrópoles e os principais templos consagrados aos deuses da mitologia egípcia. Down by the river é o seu último trabalho discográfico, editado em 2006.

domingo, junho 24, 2007

TERÇA: MÁRIO LAGINHA TRIO na Culturgest (22h30)

"A arquitectura tem vindo a ser para mim uma descoberta. E tem-se tornado num fascínio. Por isso este cruzamento com a música, proposto pela Trienal, se torna tão atraente e motivador. O desafio agora será compor para um trio clássico como este (piano, contrabaixo e bateria) relacionando a música quer com o espaço e o seu respectivo universo acústico, quer com a forma, ou a arte de delimitar esse mesmo espaço.
No caminho – que terminará com o disco e o concerto – irei procurar estabelecer as mais variadas relações entre a música e a arquitectura (espero escapar às mais óbvias) de uma forma que possa ser estimulante para quem as ouvir. O facto de não saber, ainda hoje, qual o destino dessa procura, ou viagem, só aguça a minha curiosidade pelo percurso." (mário laginha)


Mário Laginha é considerado um dos músicos portugueses mais talentosos e inovadores. Pianista e compositor, foi distinguido com vários prémios e convidado a participar em inúmeros festivais nacionais e internacionais. Tocou e gravou com Wayne Shorter, Ralph Turner, Manu Katché, Trilok Gurtu, Toninho Horta, Gilberto Gil, Julian Argüelles, Django Bates, entre muitos outros, e também com a Hannover Philharmonic Orchestra. Gravou em quinteto o disco Hoje (1994), o primeiro disco assinado em seu nome, em que compôs seis dos sete temas, um álbum que reflecte fortemente o seu estilo único. Envolveu-se em variadíssimos projectos e foi convidado a compor para pequenos e grandes ensembles, tais como NDR Big Band, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Sinfónica do Porto, Drumming Grupo de Percussão ou o Remix Ensemble. Mas o trabalho em duo tem assumido uma importância central na sua carreira: Maria João, com quem já partilhou oito discos, Pedro Burmester, em Duetos e, a partir de 1999, Bernardo Sassetti, com quem gravou dois álbuns, Mário Laginha / Bernardo Sassetti em 2003 e Grândolas em 2004, no âmbito das comemorações dos 30 anos do 25 de Abril. Em 2006 saiu o seu primeiro trabalho a solo, Canções e Fugas, projecto que foi apresentado em estreia na Culturgest em 2005.

Piano Mário Laginha
Bateria Alexandre Frazão
Contrabaixo Bernardo Moreira
Co-produção Trienal de Arquitectura e Culturgest

Jazz · Terça 26 de Junho de 2007
21h30 · Grande Auditório· Duração 1h20 · 15 Euros (Jovens até aos 30 anos: 5 Euros. Preço único)

sábado, junho 23, 2007

ÁFRICA FESTIVAL

A previsão do tempo avisa: ventos africanos vão soprar em direcção a Lisboa e provocar algumas enchentes. Os ventos são musicais. As enchentes, de público. O África Festival está de volta a Lisboa, entre 28 de Junho e 8 de Julho. A entrada é livre.
Tudo começa nos jardins da Torre de Belém, com três dias de música. A primeira convidada, dia 28 de Junho, é a jovem cantora Mayra, considerada uma revelação da música cabo-verdiana e a mais falada sucessora de Cesária Évora. Lançou há poucos meses o álbum de estreia, "Navega". Depois, chega a tradição cigana do mundo árabe, através de um dos seus maiores símbolos: os lendários Músicos do Nilo.

No dia seguinte, a direcção do vento vira para Angola e para o semba, com a visita de Paulo Flores. A mais estimulante produção actual do Mali faz-se representar por Bassekou Kouyate, mestre do n'goni, acompanhado da sua banda, Ngoni ba.

A 30 de Junho, a música está a cargo da camaronesa Sally Nyolo, que vem apresentar o mais recente álbum, "Studio Cameroon". Para fechar em beleza a ronda de concertos, chamaram o senegalês Baaba Maal. Cantor, compositor, guitarrista e percussionista, é um dos mais impressionantes músicos da fusão da tradição africana com tons ocidentais.

Depois dos concertos, o evento segue para o Cinema São Jorge, onde irão conviver, entre 2 e 8 de Julho, várias iniciativas com África como protagonista. Estão previstas sessões de cinema, música (incluindo DJs), literatura, conversas, encontros, etc.

http://www.lxjovem.pt/?id_categoria=11&id_item=367710&id_tema=17
http://www.lxjovem.pt/docs/ficheiros/Africa_Festival_2007.pdf

domingo, junho 17, 2007

Jazz às Terças no Picoas Plaza

Todas as terças-feiras dos meses de Junho, Julho e Setembro, das 18h às 19h30m, há Jazz na esplanada do Picoas Plaza, com combos de alunos da escola JBJazz.

quarta-feira, junho 13, 2007

FESTIVAL LAGOA JAZZ: 15 a 17 JUNHO

Festival Lagoa Jazz, que decorre de 15 a 17 de Junho, está de volta na sua edição de 2007, desta vez com a apresentação de três concertos, com espectáculos às 22:00h, num programa versátil nas mais variadas áreas do jazz.

O festival abre na sexta-feira com o virtuoso vocalista de jazz no estilo “scat”, J.D. Walter e Quarteto (E.U.A). J.D.Walter é considerado um cantor americano de jazz de topo, comparado com nomes sonantes do jazz como Betty Carter, Nat Cole, Nina Simone e Milton Nascimento. Acompanham-no Orrin Evans ao piano, Mark Kelley no baixo e Donald Edwards na bateria.

No sábado, sobe ao palco a trompetista e compositora suíça Hilaria Kramer com o seu grupo BB-Band, caracterizado por uma sonoridade original, com fragmentos de free jazz e acid jazz. Esta formação é marcada pela presença do DJ em vez da percussão. Mattia Loetshcer, o baterista virtual, introduz efeitos e loops que permeiam todo o repertório, enquanto Marco Micheli, completa a secção rítmica com o contrabaixo e baixo eléctrico, num desempenho de grande sentido rítmico e melódico. O calor e o colorido com que Renaud Millet-Lacombe toca o Hammond e os sintetizadores, empresta o toque final às composições e arranjos.

No domingo, o festival encerra em grande, com o célebre acordeonista mundial Richard Galliano e o projecto Tangaria, numa proposta musical inédita entre Johann Sebastian Bach, o jazz, a valsa venezuelana e o tango afro-uruguaio (Tangaria provém de “Tango” e “Ária”). Este projecto é uma verdadeira estreia, pleno de emoção pelo facto que Galliano se fará acompanhar pelo violonista Sébastien Surel, o contrabaixista Philippe Aerts e o percussionista e co-fundador de Tangaria, Rafael Meijias, especialista em maracas.

Organizado pela Câmara Municipal de Lagoa e produzido pela Ao Vivo – Espectáculos e Eventos, este festival aposta, mais uma vez, num programa de qualidade apresentado num espaço ao ar livre com um cenário natural verdadeiramente espantoso: o Parque Municipal do Sítio das Fontes, em Estômbar, concelho de Lagoa. Esta é uma zona toda ela requalificada num espaço de lazer de que o concelho muito se orgulha, com um auditório com uma capacidade para sensivelmente 500 pessoas. Pela óptima receptividade das edições anteriores, o festival conta superar mais uma vez este ano as expectativas de uma crescente audiência fiel a este evento.

O recinto abre às 19:00h com as seguintes actividades paralelas de entretenimento:

Animação musical dixieland; Exposição temática de Banda Desenhada; Feira do disco e merchandising; Serviço de bar.

O custo da entrada no festival é de 8€ e a aquisição de bilhetes é feita no próprio recinto ou no Convento de S. José, Lagoa (tel.: +351 282 380 434).

Mais detalhes sobre a programação, localização e edições anteriores do festival em http://www.lagoajazz.com/.
(Informação da produtora)

quinta-feira, junho 07, 2007

Horace Andy e Incognito no Cool Jazz Fest

Concertos nos Jardins do Casino Estoril a 19 de Julho
2007/06/04 | 10:43

Horace Andy e os Incognito vão estar no Cool Jazz Fest 2007. O cantor jamaicano, apoiado pela Dub Asante Band, e o ensemble inglês actuam dia 19 de Julho nos Jardins do Casino Estoril.
O espectáculo tem início às 21h30, com o acid jazz dos Incognito, seguindo-se o reggae de Horace Andy, que, para além da sua carreira a solo, já participou em vários temas dos Massive Attack.

O Cool Jazz Fest conta este ano com a presença de Norah Jones e dos Buena Vista Social Club, entre muitos outros nomes. O cartaz é, até ao momento, o seguinte:

O cartaz completo do Cool Jazz Fest 2007:

Teresa Salgueiro & Septeto João Cristal
30 de Junho, 22h00 - Jardim do Marquês de Pombal

Gotan Project
2 de Julho, 22h00 - Jardim do Marquês de Pombal, Oeiras

Mariza & Amigos (Rui Veloso, Carlos do Carmo e Tito Paris)
8 de Julho, 22h00 - Jardim do Cerco, Mafra

Buena Vista Social Club
10 de Julho, 22h00 - Jardim do Cerco, Mafra

Nouvelle Vague
15 de Julho, 22h00 - Casa da Pesca, Oeiras

Horace Andy & Dub Asante Band + Incognito
19 de Julho, 21h30 - Jardins do Casino Estoril, Cascais

Norah Jones
22 de Julho, 22h00 - Jardins do Casino Estoril

quarta-feira, junho 06, 2007

Festival Músicas do Mundo 2007

Entre 20 e 28 de Julho, o Festival Músicas do Mundo, o maior do género realizado em Portugal, regressa a Sines e Porto Covo para nove dias de música com 32 concertos dos cinco continentes.

É com um grupo português que o festival abre, dia 28, em Porto Covo. De forma rigorosa e divertida, os Galandum Galundaina dão-nos a conhecer a música, dança e língua das Terras de Miranda. Mas há mais Portugal no festival 2007. Ainda em Porto Covo, faz-se a estreia mundial de uma parceria entre o flautista Rão Kyao e o saxofonista norueguês Karl Seglem. No Centro de Artes, encontramos uma das mais misteriosas cantoras portuguesas, Lula Pena. No Castelo, o contrabaixista Carlos Bica apresenta o seu projecto mais emblemático, “Azul”.

Directamente do Brasil, vem Hamilton de Holanda, considerado hoje o melhor bandolinista do mundo.

A cultura do leste europeu vive uma fase de renascimento e o festival 2007 dá-lhe um peso reforçado na programação. As viagens sonoras do croata Darko Rundek, o jazz de fusão dos húngaros Djabe, o rock experimental russo e arménio dos Deti Picasso e o “ska dos Cárpatos” dos ucranianos Haydamaky são o contingente oriental em Porto Covo. Em Sines, a fechar com fogo-de-artifício os concertos do Castelo punk cigano efervescente, com a estreia em Portugal dos Gogol Bordello, melhor grupo das Américas de 2006, eleito pela BBC Radio 3.

Da metade oeste da Europa, a música também é de luxo. Os premiados Bellowhead vêm ao Castelo demonstrar porque são o melhor que aconteceu à folk britânica neste início de século. Na Praia, La Etruria Criminale Banda abre novos caminhos à música tradicional italiana. Da sempre interessante Bretanha, ouvimos a redescoberta modal dos Norkst e o quarteto acústico do violinista Jacky Molard. As irmãs Ttukunak dão espectáculo com a interpretação inovadora de uma velha percussão basca. Depois há os cantautores: Marcel Kanche, da França, e Erika Stucky, da Suíça, criadores aventurosos e originais, com o gosto por correr riscos.

Super-potência das músicas do mundo, a África sub-sahariana é novamente responsável por uma das porções mais interessantes do programa. Em 2007, o destaque é o etíope Mahmoud Ahmed, artista africano do ano e um dos maiores cantores mundiais. Também a não perder o somali K’Naan, revelação da “world music” em 2006, que traz pela primeira vez o “hip hop” ao cenário privilegiado do Castelo. Mas há mais. A maliana Mamani Keita canta, em Porto Covo, com o guitarrista francês Nicolas Repac e, em Sines, os Kasaï Allstars entram em palco com a tradição psicadélica do Congo. Subamos agora o deserto.

Do Norte de África, três concertos fundamentais. Logo no primeiro dia, escutamos os blues do Níger pelo grupo Etran Finatawa, que junta músicos tuaregues e “wodaabe”. Oriunda do vizinho Mali, atenção máxima aos Tartit, música e dança de um raro matriarcado da África de influência islâmica. Fazendo a ponte entre o Magrebe e a Europa, o argelino Rachid Taha promete um dos concertos mais quentes do festival.

Género universal, o jazz volta a estar em força no programa do Festival Músicas do Mundo. Em 2007, destaque para o clarinetista Don Byron, que traz a Porto Covo o seu novo projecto, onde visita a música de um pioneiro da música “soul” dos anos 60, Junior Walker. A Sines, regressa o mítico World Saxophone Quartet, actualmente a trabalhar “Political Blues”, manifesto musical contra o clima político dos Estados Unidos contemporâneos. Na estreia da Oceania no festival, o jovem grupo da Austrália e Nova Zelândia Aronas funde os ritmos da Polinésia com o jazz num concerto para surpreender.

Um dos estilos mais populares no festival, o reggae, tem em 2007 duas propostas muito diferentes. A dupla genial do “dub”, Sly & Robbie, regressa na companhia do cantor britânico Bitty McLean. Bebendo nos sons seculares de um velho povo do Japão, os Ainu, a Oki Dub Ainu Band faz uma inesperada e muito dançante fusão da tradição japonesa com o ritmo jamaicano.

Mas as alquimias desconcertantes não ficam por aqui. Harry Manx voa do Canadá para um concerto de blues com influências da Índia. O percussionista indiano Trilok Gurtu abre a música no Castelo com um quarteto de cordas vindo de Itália. E, no último concerto do festival, Señor Coconut faz a festa com arranjos latinos de sucessos da pop electrónica alemã e japonesa.

É esta a programação musical. No Centro de Artes há conversas com artistas, realiza-se um ciclo de cinema com o tema “Música e Trabalho” e está patente uma exposição do fotógrafo angolano Kiluanji Kia Kenda. Depois dos concertos nocturnos da Praia, a música continua, na Praia, até ao sol nascer, em quatro sessões de DJ.

Toda a programação em www.fmm.com.pt

segunda-feira, junho 04, 2007

SEGUNDA: 10º ANIVERSÁRIO JIM DUNGO no Hard Rock Café Lisboa (23h00)

sábado, junho 02, 2007

SÁBADO: Elisabeth Kontomanou Culturgest (21h30)

Elisabeth Kontomanou nasceu em França de mãe grega e pai guineense que desapareceram era ela ainda muito nova. Cresceu no Sul de França. Autodidacta, forma o seu primeiro quarteto de jazz no final dos anos 1980, tendo ganho o “Concours de la Défence” que lhe abre as portas de festivais de jazz em França e lhe oferece a possibilidade de efectuar uma digressão pelas Antilhas.
Em 1988 encontra o pianista Jean-Michel Pilc, a que se juntam Thomas Bramerie, Pierre Dayraud e Stéphane Belmondo; Michel Legrand escolhe-a para cantar o papel principal do seu filme musical Masque de Lune.
Em 1993 grava o seu primeiro disco. Em 1995 instalou-se nos EUA. Canta nos principais clubes nova iorquinos. Em 1998 faz uma digressão pelos EUA com o pianista Andy Milne. Em 1999 e 2000 grava, para a Steeple Chase, Embrace em sexteto com J. D. Allen e Sam Newsome (que lhe valeu uma nomeação para o Django d’Or) e Hands and Incarnation em duo com Jean-Michel Pilc. Por essa altura forma um octeto, “The Fort Green Project”, escrevendo e arranjando vários temas. Em 2001 e 2003 participa em duas gravações com o guitarrista Mike Stern (Voices e Three Times). Em 2004 forma um duo com o percussionista Ari Hoenig. Nesse ano e no seguinte saem os CD’s Midnight Sun, em que pela primeira vez canta standards e Waiting for Spring, impondo-se como uma das grandes vozes do jazz internacional, e obtendo o reconhecimento do público e da crítica.
Em Maio de 2006 foi nomeada Cantora de Jazz do Ano, nas célebres Victoires du Jazz. Actualmente vive na Suécia, onde já tinha residido no início dos anos 1980.
Desenvolvendo uma intensa actividade, apresentando-se em todos os principais festivais de jazz, Kontomanou, “abençoada com uma daquelas vozes espessas, de uma rouquidão quase imperceptível” (João Pedro Oliveira em Diário de Notícias de 28 de Abril de 2006), está tão à vontade no blues como na soul ou na bossa nova, a interpretar standards ou composições de sua autoria.
Jean-Michel Pilc refere-se a ela como “uma artista que tem a notável capacidade de agitar a nossa alma e tocar o nosso coração pela natureza única da sua voz. A sua presença possui-nos imediatamente e instantaneamente leva-nos para um outro mundo que nos muda para sempre. Como Piaf, podia cantar-nos a lista dos telefones e fazer-nos chorar. Quando Elisabeth canta, não ouvimos só a sua voz, mas a sua alma transformada em som”. (in http://www.culturgest.pt/actual/kontomanou.html)

Voz Elisabeth Kontomanou
Guitarra Manu Codija
Contrabaixo Thomas Bramerie
Bateria Donald Kontomanou

Jazz · Sábado 2 de Junho de 2007
21h30 · Grande Auditório· Duração 1h30 · 20 Euros (Jovens até aos 30 anos: 5 Euros. Preço único)

SÁBADO: Tucanas no Festival Portugal a Rufar (18h00)