Putos da Banda

O SÍTIO da música ao vivo da Capital. Agenda Cultural. Roteiros noctívagos. Reportagens de concertos. Sugestões diárias de postos de escuta em Lx. Bares, clubes e cabarets com boa música. Puxem uma cadeira e deixem-se estar, bebem alguma coisa?

segunda-feira, janeiro 30, 2006

E a Dica da Semana é...

"Aprender com os outros é fundamental!"


Nesta semana fazemos referência a um aspecto que pode parecer tão "demasiadamente lógico" que, para alguns será desnecessário e até ridículo mencionar:
"ao longo da vida musical, devemos tocar com vários músicos."
"Dahhh!!! Claro! Isso é óbvio!" - dirão alguns.
Mas, no entanto, asseguramos que existem por aí muitos "músicos de quarto", muitos executantes fechados "sempre na mesma garagem.", cujo principal interesse é apenas sacar as malhas dos seus ídolos ou bandas preferidas ou fazer a sua própria música. Só eles e o seu instrumento, a sua forma de trabalhar, a sua visão das coisas...
É impreterível referir, "salientar fortemente" e até, nalguns casos, ALERTAR para a importância de um percurso musical rico em experiências com muitos músicos e, de preferência, de diferentes estilos musicais.
Tocar sozinho seria o mesmo que tentar aprender futebol sem jogar numa equipa! E estamos a falar tanto do tal joguinho com os nossos amigos ao fim-de-semana como de qualquer jogador da Superliga, da Selecção Brasileira, do Barcelona ou do Chelsea!... Ou seja, há que ter isto bem presente, quer se seja um iniciado amador ou profissional, ou um verdadeiro ancião na matéria !
E na música isto do "aprender com outros" é dogma!
Embora dispender horas sozinho com a prática do instrumento seja de enorme importância, participar numa conversação musical e tocar com outros músicos são elementos vitais para o progresso musical e aquisição da verdadeira experiência.
Um dos principais problemas associados a alguns músicos (na grande maioria autodidactas e amadores) é sua falta de experiência, capacidade ou até de noção para tocar e fazer música com outros músicos.
Mesmo quando ainda somos iniciantes, devemos "sair do quarto" e conhecer e (se possível) tocar com a maior quantidade de músicos que pudermos, quer tenham mais ou menos qualidade ou experiência.
Com esta prática iremos assimilar noções fundamentais para qualquer músico!
Noções essas que resultam das situações elementares que só esta atitude ("estar e tocar com os outros") nos proporciona:
ouvir, interagir, discutir e partilhar fazem parte do "tocar em combo ("banda"), que é realmente o que faz um músico crescer e tornar-se cada vez mais maduro musicalmente.

sábado, janeiro 28, 2006

Musical Excellence

One aspect of musical excellence has often been taken to be a highly accurate reproduction of the sequence of instructions that constitutes a musical score. It is expected of contemporary classical concert pianists that they play exactly the notes prescribed by a composer. In other cultural contexts (for example, jazz), exact reproduction is given no particular value, and may even be ascribed a negative value. The excellent musician is one who departs from exact reproduction in interesting and appropriate ways.
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John Sloboda. Department Of Psychology, University of Keele

Reinventar a realidade


"O que está em cima é igual..." (Mário Cesarinny)

sexta-feira, janeiro 27, 2006

Quinteto Tati e Ena Pá 2000


terça-feira, janeiro 24, 2006

Amanhã...GOTA no Club Lua

segunda-feira, janeiro 23, 2006

E a Dica da Semana é...

" Diz-me o que ouves (e vês), dir-te-ei que músico és!"



Por certo já todos ouvimos a frase "diz-me o que comes, dir-te-ei como és" , frase em jeito de slogan presente nalgumas campanhas publicitárias sobre a importância da saúde alimentar.
Poucos duvidarão da verdade que está implícita numa afirmação desta natureza, no que respeita à saude física e mental.

Seguramente que existem ideias semelhantes e análogas no âmbito musical.

A qualidade de qualquer músico, seja em termos técnicos, de sensibilidade e musicalidade na execução, ou comunicação e partilha para com outros músicos, e por fim, até mesmo na composição , está em grande parte (grande mesmo!) associada ao percurso que os seus ouvidos e olhos efectuam no meio musical.

Se a recomendação médica no que respeito à alimentação refere que devemos ingerir de tudo um pouco, e não nos cingirmos apenas a determinadas secções de alimentos, é lógico e igualmente óbvio, que em termos musicais se recomende ouvir e ver de tudo um pouco.
É certo que os próprios gostos musicais vão impôr naturalmente os ditos percursos dos olhos e dos ouvidos.
No entanto, a maturidade e a enorme experiência dos que andam nas andanças musicais há muito tempo (e que temos o previlégio de algumas vezes assistir), confirmam o que aqui é referido.

Portanto, caros amigos, vamos lá interessar-nos pelas verdadeiras pérolas de boa música que por aí vagueiam, e sobretudo, aos que querem aprender e evoluir, procurem os bons projectos de música ao vivo.
Sugerimos vivamente o nosso cardápio musical.

Bem hajam.

domingo, janeiro 22, 2006

Para os fãs de jazz...


Deleitem-se com esta "Online Jazz Label based in Lisbon", e conheçam o trabalho de alguns dos nossos mais notáveis músicos de jazz: André Fernandes, Bruno Santos, Joana Machado, Jorge Reis, Mário Franco, Miguel Amado, Nelson Cascais, Pedro Madaleno, Nuno Ferreira, e outros.
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O que é Nacional é boooommmmmm...

sábado, janeiro 21, 2006

Saturday Night Fever

Ciclope vs. TGB

Venha o Diabo e escolha...

Sábado, dia 21, TGB no Hot Clube de Portugal (23h00) & Quinteto Nelson Cascais "Ciclope" no Onda Jazz (23h30)

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Amanhã...a alquimia dos Soultaste

terça-feira, janeiro 17, 2006

E a Dica da Semana é...

"Existe uma diferença entre tocar e praticar"


Praticar é o estudo regular e focado das matérias e técnicas. Tocar é simplesmente fazer uso do que se praticou.
Quando se pratica, toca-se. Mas quando se toca, nem sempre se pratica!

Os benefícios de uma prática constante são enormes e visíveis.
Auto-disciplina, concentração, paciência e organização são simultaneamente frutos e requisitos para a prática séria de qualquer instrumento.
Logo que as habilidades aumentam, o gosto pela prática também aumenta!

Bom estudo...

E a Dica da Semana é...

Caros blogueiros,


A partir desta semana os Putos da Banda iniciam um pequeno post, especialmente destinado a músicos, intitulado "A Dica da Semana".

Trata-se de um pequeníssimo espaço, preenchido simplesmente com uma frase referente ao âmbito musical, e que pretende salientar alguma(s) ideia(s) importante(s) para todos os músicos, quer sejam principiantes no meio, quer sejam ilustres mais... "rodados".

Eventualmente, algo do que fôr escrito poderá não constituir novidade. Mas no entanto, reveste-se da maior importãncia para os que se iniciam nesta área e pretendem crescer como músicos

As dicas que aqui deixarmos não são, de forma alguma, da nossa autoria. Ou não fôssemos nós uns meros iniciados (mas orgulhosamente entusiastas!) destas andanças da música...
São frases baseadas na partilha de ideias e conceitos pertencentes a todos os músicos donos uma enorme experiência na música que existem neste planeta.

O Armstrong (sim, o da Lua!...) talvez dissesse:

" uma pequena frase para um músico, uma questão importante para a Musicalidade!"
ou
" uma pequena dica para um músico, uma questão vital para o sucesso na carreira"

..nem mais!

estejam atentos!

Aguardem pelas "dicas"

Planeta Jazz

O Planeta Jazz estreia no Clube Mercado, em Lisboa, no próximo dia 26 de Janeiro. A iniciativa coordenada por Tiago Santos (Cool Hipnoise, Spaceboys, Rádio Oxigénio) dedica-se ao improviso nas áreas do jazz.
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Os primeiros convidados da iniciativa são o colectivo Miles and More. O grupo conta com a presença de Zeca Neves (contrabaixo/baixo), Jorge Reis (saxofone alto), Leandro Tuche (guitarra eléctrica), Alexandre Dinis (teclados), Carlos Miguel (bateria) e Sebastian Xerife (percussão).
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Tiago Santos conduz o resto da noite com um DJ set a cruzar linguagens musicais que viajam do afro ao dub, do funk ao latin.
O preço dos bilhetes é de 5 euros.
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FONTE: http://diariodigital.sapo.pt/disco_digital/news.asp?id_news=17238

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Semana Complicada

Depois de uma semana em cheio, cheia de momentos vale-a-pena na companhia de boa música proporcionada pelos Vira-Lata, pela Maria Rita, pelo Waldemar Bastos, pelo Pedro Madaleno e a sua Short Movies Band, etc., eis que se avizinha mais uma "semana complicada"...Vejam as nossas sugestões semanais.
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Tanta boa música numa semana e tão pouco tempo livre. Maldita época de exames que te atravessas nesta altura tão inconveniente.
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Beijos e abraços dos Putos da Banda

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Waldemar Bastos (13Janeiro2006)

Waldemar Bastos nasceu na fronteira de Angola com o Congo em 1954. Começou a cantar e a compor desde muito cedo. Em 1982, no decurso de uma visita a Portugal, tomou a difícil decisão de não regressar ao seu país, então atravessando uma longa guerra civil. Viveu na Alemanha, França e Brasil, onde gravou o seu primeiro álbum, Estamos Juntos. Em 1985 fixou-se em Lisboa, e em 1990 gravou Angola Minha Namorada.
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Um novo CD, Pitanga Madura, editado em 1992, foi descoberto numa discoteca lisboeta por David Byrne (vocalista dos míticos Talking Heads). Entusiasmado com o que ouviu, contratou Waldemar Bastos para a sua editora, a Luaka Bop. Aí gravou Pretaluz, produzido por Arto Lindsay. O disco firmou o seu autor na cena internacional da world music, abrindo-lhe as portas para se apresentar na América, na Europa e no Extremo Oriente.
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Em Abril de 2003 regressou a Angola pela primeira vez em muitos anos, em celebração do fim da guerra civil. Esse regresso, o facto de entretanto ter completado 50 anos (“Meio século obriga-nos a parar e a olhar para trás na nossa vida. Mas também temos sonhos para realizar”), a reflexão que fez sobre a sua música, levaram-no à gravação de um novo disco, Renascence, na editora holandesa World Connection.
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O concerto desta noite na Culturgest baseia-se nesse trabalho, que não só resume a trajectória da sua vida, como imprime uma nova maturidade e profundidade à sua música. Os seus poemas revelam os seus sonhos de harmonia e fraternidade. A sua música define-a não como africana nem europeia, mas ambas “ao mesmo tempo e muito mais”. “Eu derramei a minha alma neste disco”.
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LER MAIS, AQUI:

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Jazz Itinerante

Mário Laginha e Carlos Bica integram festival de jazz itinerante a partir de Fevereiro
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Os músicos Mário Laginha e Carlos Bica constituem alguns dos nomes que integram o cartaz do festival de jazz inteiramente dedicado a artistas portugueses. A componente itinerante do evento e a sua exclusividade de músicos nacionais constituem duas particularidades do «InJazz - Jazz em Português».
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O evento está agendado para cinco cidades portugueses e estende-se numa programação durante três meses. Aveiro, Alcobaça, Faro, Torres Novas e Montemor-o-Velho recebem um leque de artistas que incluem ainda Hugo Alves e a Orquestra de Jazz de Matosinhos.
A iniciativa do ano passado repete-se em 2006, bem como algumas actividades extra como são o caso de workshops, feiras de discos, exposições e espectáculos didácticos.
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LER MAIS SOBRE O PROGRAMA, AQUI:

Fados e Guitarradas

D' Corda - Música do Mundo
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No âmbito da programação das "Terças de Música do Mundo", do bar Onda Jazz, o trio D'Corda (Fado) actua neste espaço na próxima Terça-feira, 10 de Janeiro, pelas 22h30, tendo como convidado musical o músico Ruben Alves (acordeão e piano).
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Criado em 2004 por três músicos de reconhecido mérito, Paulo Parreira (Guitarra Portuguesa), Luís Pontes (Viola de Fado) e Ricardo Cruz (Contrabaixo), o projecto D'Corda aparece na linha dos Conjuntos de Guitarras do século passado. Recuperar a face instrumental do Fado de Lisboa e convidar músicos e cantores de outras áreas musicais que tragam perspectivas diversas acerca do Fado são os seus principais objectivos.
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domingo, janeiro 08, 2006

O Jazz é outra coisa

Somethin' Else é uma gravação de 1958, remasterizada 40 anos depois e escondida na Valentim de Carvalho atrás de cds e mais cds, pronta para ser descoberta. Junta Cannonball Adderley, descendente musical de Charlie Parker, o rei do Cool - Miles Davis, um viajante das Big Bands - Hank Jones, Sam jones - o bass Sam Jones, e o hard funker Art Blakey. Junta, portanto, membros de escolas do jazz totalmente distintas, ou talvez não. Junta fundamentalmente músicos com um sentido de combo delirante.
A composição de Miles Davis (somethin' else) é um dos sons e o que dá nome ao álbum. Mas contamos também com um Autumn Leaves tocado sublimemente, um Love For Sale de Cole Porter cheiinho de swing, e One For Daddy-o do Adderley himself tocado com subtileza, provando que mesmo bateristas como Blakey trocam o hard bop pelo prazer de fazer o ensemble soar bem. Como crítica não convém dizer muito mais. Apenas longa vida à Blue Note por ainda proporcionar estas pérolas.
Peca apenas por ser curto, mas já toca em repeat cá em casa.

Maria Rita (9/10Janeiro2006)

Faltam apenas dois dias para o aguardado regresso da cantora brasileira Maria Rita aos palcos nacionais, desta vez para apresentar as canções de “Segundo”, o mais recente trabalho de originais que já atingiu em Portugal a marca de Disco de Ouro.
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No disco, produzido em parceria com Lenine, Maria Rita optou, novamente, por interpretar temas que não são da sua autoria. Editado no passado mês de Setembro, “Segundo” conta com músicas de vários artistas brasileiros, como os consagrados Edu Lobo e Chico Buarque, mas também pisca o olho à nova geração, com músicas de Marcelo Camelo, da banda Los Hermanos e Marcelo Yuka, mais conhecido por O Rappa.
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Os espectáculos de estreia da cantora em terras lusas foram alvo dos mais rasgados elogios por parte da imprensa portuguesa: o Correio da Manhã afirmou que «numa noite de brumas e nevoeiro, Maria Rita fez "A Festa" da estreia em Portugal, arrebatando um lotado Coliseu do Porto, rendido à sua graça, sensibilidade e pujança». O jornal on-line Disco Digital considerou Maria Rita «encantadora, uma comunicadora nata e acima de tudo boa cantora». Para o diário Público, «quem ouve a paixão com que interpreta “Menina da Lua”, como aconteceu ao público que esgotou o Coliseu do Porto na noite de quinta-feira, não pode deixar de sentir um arrepio de prazer, de quase felicidade, que só as grandes cantoras são capazes de provocar», acabando mesmo por considerar que «melhor era impossível.
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Motivos mais que suficientes para não faltar aos concertos no Coliseu de Lisboa, nos dias 9 e 10 de Janeiro, para ouvir, ao vivo, as canções do último álbum de Ouro da menina bonita da Música Popular Brasileira.
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quarta-feira, janeiro 04, 2006

Nós fomos...

...ver LED ON, como vos tínhamos dito e convidado, e foi...

ÓÓÓPTIMOOOOO

segunda-feira, janeiro 02, 2006

LED ON: Nós vamos...

LED ON: TRIBUTO A LED ZEPPELIN
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Paulo Ramos (Voz), Manuel Paulo (Piano), Mário Delgado (Guitarra), Zé Nabo (Baixo), Alexandre Frazão (Bateria)
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A NÃO PERDER AMANHÃ, 03-01-2006, ÀS 23h30 NO MUSICAIS.

domingo, janeiro 01, 2006

Trio Manaia (30-12-2005)

Durante a semana lembro ter-se referido que o Trio Manaia mais parece um septeto a tocar, junto de alguém que não conhecia as avarias de que os senhores Alexandre Manaia (voz e guitarra), Nando Araújo (voz e baixo) e Vicky (voz e bateria) são capazes quando se juntam.

Curioso comentário, tendo em conta que na sexta passada estiveram presentes no Speakeasy vários músicos e muitos deles subiram ao palco, colorindo ainda mais a noite já de si soberba. Nas fotos podemos ver o trio acompanhado por António Mardel na guitarra, e Nelson Canoa no teclado, e, ainda que não conste das fotografias, Ivo Costa, Luíz Caracol e Pablo Banazol estiveram nas vozes.

São sempre assim as noites com este bandão: magníficas. Sem dúvida, dos melhores músicos e instrumentistas que a nossa terra possui, e um reportório capaz de fazer antecipar a passagem do ano. Por entre êxitos e preciosidades dos Bealtes, como Eleanor Rigby, Blackbird, Back In The USSR, Can't Buy Me Love; dos Supertramp, Breakfast In America; dos Rolling Stones, Miss You; dos Dire Straits, Money For Nothing; dos AC / DC, Highway To Hell; do James Brown, Sex Machine; dos Steve Miller Band, Abracadabra; do Gary Moore, Walking By Myself; do Eric Clapton, Cocaine; etc., o trio deliciou o público presente contagiando-nos com solos de guitarra pujantes e inspiradíssimos (e inspiradores!), grooves de bateria impressionantes, e o balanço inigualável do baixo de Nando Araújo.
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Responsáveis por animarem a noite do Speakeasy na véspera da Passagem do Ano pela 4ª vez consecutiva, o trio esteve mais uma vez imparável e fechou o ano de 2005 com chave de ouro.