Putos da Banda
O SÍTIO da música ao vivo da Capital. Agenda Cultural. Roteiros noctívagos. Reportagens de concertos. Sugestões diárias de postos de escuta em Lx. Bares, clubes e cabarets com boa música. Puxem uma cadeira e deixem-se estar, bebem alguma coisa?
sexta-feira, junho 30, 2006
segunda-feira, junho 26, 2006
Lura ao Vivo em Torres Novas (30-06-06)
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“…Oiçam Lura. E depois vejam-na em palco, em corpo e alma, pura beleza crioula, com uma voz que não cabe nela. A experiência que ganhou no teatro, ajudou-a, conforme reconhece, a interpretar as suas canções. Estou em crer, porém, que o essencial é inato. E o essencial é a paixão, a energia juvenil e, claro, o poder arrebatador de uma voz, verdadeiramente única…”.
“…Oiçam Lura. E depois vejam-na em palco, em corpo e alma, pura beleza crioula, com uma voz que não cabe nela. A experiência que ganhou no teatro, ajudou-a, conforme reconhece, a interpretar as suas canções. Estou em crer, porém, que o essencial é inato. E o essencial é a paixão, a energia juvenil e, claro, o poder arrebatador de uma voz, verdadeiramente única…”.
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José Eduardo Agualusa
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Dia 30 de Junho no Teatro Virginia às 21:30 horas
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sábado, junho 24, 2006
Ed Motta (27-06-2006)
O brasileiro Ed Motta apresenta-se ao vivo com a sua banda a 27 de Junho no Clube Mercado, em Lisboa, com temas do seu último trabalho, «Aystelum». Os bilhetes custam 15 euros e estão em pré-venda nas lojas Supafly (Bairro Alto) e Flur (Sta. Apolónia) e no Clube Mercado a partir da próxima segunda-feira.
As portas abrem às 22:00 horas e a primeira parte tem início às 23:00 horas. Ed Motta sobe a palco às 00:00.
As portas abrem às 22:00 horas e a primeira parte tem início às 23:00 horas. Ed Motta sobe a palco às 00:00.
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Gaiteiros de Lisboa (27-06-2006)
Os Gaiteiros de Lisboa vão apresentar-se ao vivo no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém - CCB -, em Lisboa, a 27 de Junho. O concerto tem início agendado para as 21h00 e vai centrar-se no quarto álbum de originais do grupo, «Sátiro». Os bilhetes para o evento custam entre dez e vinte euros.
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http://www.gaiteirosdelisboa.com/
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http://www.gaiteirosdelisboa.com/
quarta-feira, junho 21, 2006
Diapasão - Café da Música
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Aos mais incautos transeuntes, avisa-se que, ao passearem pela Avenida João XXI, há agora o perigo eminente de esbarrarem com alguns dos maiores nomes da música portuguesa. Já amanhã, por exemplo, poderão tropeçar no fantástico Trio Manaia (parece um septeto!!!) que tocará no novíssimo Café da Música, espaço renovado da loja de música Diapasão, por volta das 18h.
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Descubram este novo espaço com muita música ao vivo de qualidade, e num horário propício para chá e torradas. De resto, têm à vossa disposição uma moderníssima cafetaria com acesso gratuito à internet, revistas e jornais diários, um ambiente acolhedor e musical e, claro, a loja de instrumentos musicais Diapasão.
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Ainda ontem lá esteve a Ala dos Namorados, e outros nomes já passaram anteriormente, Rui Veloso, Sara Tavares, Jorge Palma, Alexandre Frazão, Yuri Daniel, Gustavo Roriz, João Falcato, só para citar alguns.
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Atentem à programação semanal e descubram-os, aqui:
http://diapasaocafedamusica.blog.com/
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Descubram este novo espaço com muita música ao vivo de qualidade, e num horário propício para chá e torradas. De resto, têm à vossa disposição uma moderníssima cafetaria com acesso gratuito à internet, revistas e jornais diários, um ambiente acolhedor e musical e, claro, a loja de instrumentos musicais Diapasão.
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Ainda ontem lá esteve a Ala dos Namorados, e outros nomes já passaram anteriormente, Rui Veloso, Sara Tavares, Jorge Palma, Alexandre Frazão, Yuri Daniel, Gustavo Roriz, João Falcato, só para citar alguns.
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Atentem à programação semanal e descubram-os, aqui:
http://diapasaocafedamusica.blog.com/
terça-feira, junho 20, 2006
Du Arte Lounge
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Sugerem-se as quintas-feiras bem passadas, com jantarinho na Feira de Artesanato do Estoril, que fica ali mesmo ao lado, e concerto no casino.
quarta-feira, junho 14, 2006
sábado, junho 10, 2006
Posto de Escuta
The first three tracks [of Noite de Morabeza] are mellow but rhythmic. Funana di Nha Bonga begins in a similar jazzy vein and then bridges to a funana, a Cape Verdean dance rhythm, that gathers steam punctuated by booming basslines. The title cut transitions from a ballad-like tempo into a picante cha cha that stands up to the best of the Cuban charangas. Boy Ge Mendes has forged a unique acoustic sound for himself on these two albums. His vocals have that languid tropical humidity and the instrumental/percussion backup percolates with an intensity that dovetails perfectly. Noite de Morabeza is another finely crafted work that surprises both with its melodic depth and percussive swing.
Numa palavra, sublime.
quinta-feira, junho 08, 2006
HOJE HÁ: Noite de Morabeza no Speakeasy
In 1952, Gerhard Mendes was born i Dakar, birthplace of many Capeverdean emigrants; then he grew up among a colorful community of Malians, Senegaleses, Guineans and of course, Capeverdeans. Attending a catholic school, he discovered his liking for singing, which he developed throughout parties and villages fairs. Later, Gerard gained some experience on stage in several Dakar’s clubs: The Black & White, The Marseille, The Alhabamar and in some disreputable piano bars. At this time his repertoire was made of standards: The Stones, The Beatles, blues, same salsa; he sang in French or, phonetically in English and Spanish. In 1967, plans took shape. With one of his brothers, the young Mendes formed his first band named The Beryl's. So, the exciting life began: Concerts and festivals allover Senegal. Gerard Mendes is breaking it through.
In 1977, with his brother Jean-Claude, Luis Silva and Emmanuel Lima he formed a 100% Capeverdean band, Cabo Verde Show, which became the roots band for those who were in exile in Paris or in The Netherlands; this step has been decisive: A desire for writing songs in the language he was barn and raised. On the Cabo Verde Show second recording Gerard Mendes signed three tracks, highly acclaimed by the community. This success fanned the flames of going beyond. He quit Cabo Verde Show and started a new project with his brother, the highly acclaimed band Mendes & Mendes. In 1983, after three other albums, he left Paris and moved to Nice.
In 1990, something went click: Gerard Mendes became Boy Ge Mendes, a passing reference to his childhood.s nickname. In Dakar guys call each otther : “Boy”. He recorded the sang “Grito de bo Fidge” that became the first hit of the Capeverdean music outside the community.
After years of tours and concerts, Boy Ge Mendes decided to make a break. In 97 his album “Lagoa” is synonym of rebirth, return to home and intimacy. As soon as this CD was out, he left Nice and went back to Cabo Verde. He was finally there, between Mindelo -where he lived- and the islands of Boa Vista and Santa Anton, where he liked to wander. Cape Verde was his again: the San Jon (St John) celebrations, and the camival; the “Noites caboverdiana”, where glasses af grog and guitars playing helped your people to dream of a new world, a better ane; but also, the country of the uprooted farmers to exile to provide for their families.families.
So, on Cabo Verde Boy Ge Mendes rediscovered his roots, he composed the songs of “Noite de Morabeza”, his ninth album. Boy Ge Mendes sings his love and passion for that little country.
In 1990, something went click: Gerard Mendes became Boy Ge Mendes, a passing reference to his childhood.s nickname. In Dakar guys call each otther : “Boy”. He recorded the sang “Grito de bo Fidge” that became the first hit of the Capeverdean music outside the community.
After years of tours and concerts, Boy Ge Mendes decided to make a break. In 97 his album “Lagoa” is synonym of rebirth, return to home and intimacy. As soon as this CD was out, he left Nice and went back to Cabo Verde. He was finally there, between Mindelo -where he lived- and the islands of Boa Vista and Santa Anton, where he liked to wander. Cape Verde was his again: the San Jon (St John) celebrations, and the camival; the “Noites caboverdiana”, where glasses af grog and guitars playing helped your people to dream of a new world, a better ane; but also, the country of the uprooted farmers to exile to provide for their families.families.
So, on Cabo Verde Boy Ge Mendes rediscovered his roots, he composed the songs of “Noite de Morabeza”, his ninth album. Boy Ge Mendes sings his love and passion for that little country.
in http://www.leopardmannen.no/m/mendes.boy.ge.asp#Biografi
HOJE HÁ: Noite de Morabeza no Speakeasy (00h00) com Boy Gé Mendes
LER MAIS, AQUI:
http://www.boygemendes.com/
http://www.caboverde.com/music/boyg-00.htm
http://muzikaditera.blogspot.com/
http://www.speakeasy-bar.com/
terça-feira, junho 06, 2006
O que vem aí...ui, até apita!!!
GYPSY PROJECT - BIRÉLI LAGRÈNE
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QUARTETO DE PAT MARTINO
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GEORGE BENSON
18 de Julho - Vale do Lobo Tennis Academy (21h00)
18 de Julho - Vale do Lobo Tennis Academy (21h00)
segunda-feira, junho 05, 2006
HOJE: Luiz & a Lata no B.Leza (Nós vamos...!!!)
"É com um enorme prazer e satisfação que vos informo que os Luiz e a Lata foram convidados por uma produtora de Cabo Verde para fazerem uma noite muito especial no Bar B'leza. Esse convite que acaba por ser também um desafio, prende-se com o facto de Luiz e a Lata ser uma banda de originais, mas nessa noite ir também viajar por algumas das suas influências da lusófonia, e consequentemente por outros temas e artistas desse mesmo quadrante lusófono. Além de irmos ter como convidados especiais o Rão Kyao e o Tito Paris, gostava mesmo muito que todos vocês pudessem estar presentes nessa noite tão especial para nós, e espero que também para vocês, que se vai realizar dia 5 de Junho, pelas 23h, no B'leza."
in http://www.luizdalata.blogspot.com/
VER TAMBÉM: http://www.luizealata.com/
domingo, junho 04, 2006
GRANDE DIA DE ROCK IN RIO!!! (3-6-2006)
Cinco horas da tarde, quarto dia do Rock in Rio Lisboa 2006. Foi com grande contentamento que passei as portas que davam entrada ao parque da Bela Vista. Palco deste gigantesco festival que se realiza pela segunda vez em Portugal. O cartaz prometia. Orishas, Kasabian, Da Weasel e os cabeça-de-cartaz Red Hot Chili Peppers. Confesso que foi mais por estes últimos que escolhi este dia para visitar o palco do Rock, como é também conhecido aquele espaço.
Sete da tarde, iniciam o espectáculo os cubanos Orishas. A princípio estava um pouco renitente em relação a este concerto. Não duvidava da qualidade do grupo, em termos musicais, mas um hip hop com sonoridades latinas fortemente marcadas, deixava-me um pouco apreensivo quanto à qualidade do concerto. Rapidamente caíram por terra as minhas dúvidas. Orishas cativaram o público que, segundo os analistas, foi o maior de todos nos dias já realizados, para assistir a uma primeira banda do dia no Palco Mundo. Os ritmos dançantes, misturados com a boa interacção com o público, aqueceram bem a pequena multidão, que acompanhava, cantando e dançando, os temas mais conhecidos deste simpático grupo das terras de Fidel.
Seguiram-se uns, para mim, quase desconhecidos Kasabian. Ao que parece, durante muito tempo fizeram primeiras partes de concertos de Oásis e reconhecem nestes uma grande influência para a sua música. Trouxeram ao Rock in Rio o seu brit pop/rock, de certo modo agressivo, que embora não sendo o meu tipo de música preferido, ainda me fez abanar a cabeça em uma ou outra canção.
Rapidamente se instalou a noite e se juntou a imensa multidão. Estava a chegar a hora das principais atracções do dia. Os portugueses Da Weasel primeiro e os americanos Red Hot Chili Peppers depois. Nesta altura, 76 mil pessoas compunham a moldura humana que enchia todo o espaço disponível em frente ao Palco Mundo, numa extensão de muitos, muitos metros.
Sete da tarde, iniciam o espectáculo os cubanos Orishas. A princípio estava um pouco renitente em relação a este concerto. Não duvidava da qualidade do grupo, em termos musicais, mas um hip hop com sonoridades latinas fortemente marcadas, deixava-me um pouco apreensivo quanto à qualidade do concerto. Rapidamente caíram por terra as minhas dúvidas. Orishas cativaram o público que, segundo os analistas, foi o maior de todos nos dias já realizados, para assistir a uma primeira banda do dia no Palco Mundo. Os ritmos dançantes, misturados com a boa interacção com o público, aqueceram bem a pequena multidão, que acompanhava, cantando e dançando, os temas mais conhecidos deste simpático grupo das terras de Fidel.
Seguiram-se uns, para mim, quase desconhecidos Kasabian. Ao que parece, durante muito tempo fizeram primeiras partes de concertos de Oásis e reconhecem nestes uma grande influência para a sua música. Trouxeram ao Rock in Rio o seu brit pop/rock, de certo modo agressivo, que embora não sendo o meu tipo de música preferido, ainda me fez abanar a cabeça em uma ou outra canção.
Rapidamente se instalou a noite e se juntou a imensa multidão. Estava a chegar a hora das principais atracções do dia. Os portugueses Da Weasel primeiro e os americanos Red Hot Chili Peppers depois. Nesta altura, 76 mil pessoas compunham a moldura humana que enchia todo o espaço disponível em frente ao Palco Mundo, numa extensão de muitos, muitos metros.
Para quem está habituado a seguir os Da Weasel, este concerto não representaria nenhuma novidade. Assistiu-se ao alinhamento típico da tourné Re-Tratamento, com os temas bem conhecidos de todos nós. Foi no entanto um momento alto da noite, sem dúvida. O público acompanhou de princípio ao fim as músicas, sempre incentivados pelos enérgicos Pac e Virgul, que deixaram a malta “na boa” para o que se seguia.
Foi em delírio que Chad Smith, Flea e John Frusciante foram recebidos ao subirem para o palco. No seu jeito característico, começam uma malha de improviso que de imediato nos transportou a todos para o mundo da sonoridade típica dos Red Hot. Soam então os primeiros acordes do baixo de Flea do contagiante Can’t Stop. Entra em palco Anthony Kiedis, de cabelo comprido, a lembrar os bons velhos tempos, e o público explode. Tinha assim início um grande concerto, um grande espectáculo de excelente música, pleno de inteligência. Intercalados com temas tão conhecidos como Scar Tissues e By The Way e Otherside soaram canções do novo (e excelente, se me permitem) álbum da banda, Stadium Arcadium, entre os quais destaco Dani Califórnia, Snow (Hey Oh) e Strip My Mind, que apesar da toada mais calma que reflecte uma banda mais madura e experiente, conservam todo o funk, groove e distintividade da sonoridade desta excêntrica banda americana. Para todos os que ainda não tinham o álbum, este concerto foi uma excelente campanha de divulgação, que irá certamente fazer aumentar as vendas em Portugal deste duplo Stadium Arcadium.
Apesar das duas horas de concerto, foi num ápice que nos vimos a chegar ao fim do mesmo. Iniciava-se então a despedida com um Californication, cantado a plenos pulmões pelos 76 mil que assistiam em êxtase. Nem mesmo a corda partida da guitarra de Frusciante retirou a magia daquele momento fantástico. Acabou e soube a tão pouco, não pela falta de qualidade, muito pelo contrário, porque tudo o que é bom acaba depressa, e muito depressa neste caso. Mas faltava algo. Algo simplesmente magnífico. Apesar de se fazerem difíceis, as quatro malaguetas vermelhas e picantes voltaram, para nos presentearem, não com uma, mas três encores. Um tema do novo álbum, a indispensável Under The Bridge (arrepiante o som de 76 mil vozes em uníssono a cantar esta balada) e o velhote, mas genial Give It Away, que pôs tudo a saltar.
Anthony Kiedis despede-se e abandona o palco, deixando os mesmos três que iniciaram o concerto. Segue-se então outra demonstração de técnica, conhecimento, virtuosismo, sentimento, numa conjugação perfeita da guitarra, baixo e bateria de Frusciante, Flea e Chad respectivamente, que pareciam envoltos numa redoma, dada a cumplicidade e comunhão que se sentiu entre os três naquele instante. Foi o voltar à terra, de uma viagem inesquecível cheia de momentos altos. Como ponto negativo aponto apenas a pouca comunicação, ou mesmo nenhuma, que Anthony Kiedis teve com o público. No entanto, este aspecto é facilmente suplantado pela aspereza e precisão da bateria de Chad, pela ritmicalidade e extravagância do baixo de Flea, pela mestria da guitarra e emotividade das segundas vozes de Frusciante e pela clareza e qualidade da voz de Kiedis.
Peço desculpa de não conseguir falar imparcialmente deste concerto. Sou fã de Red Hot e estava bastante ansioso por esta oportunidade. A todos aqueles que me disseram que provavelmente me iria desiludir e que os Red Hot Chili Peppers iriam deixar a desejar, não posso deixar de lhes dar razão num dos aspectos. Deixaram efectivamente a desejar…uma próxima oportunidade de os ver em Portugal.
Foi em delírio que Chad Smith, Flea e John Frusciante foram recebidos ao subirem para o palco. No seu jeito característico, começam uma malha de improviso que de imediato nos transportou a todos para o mundo da sonoridade típica dos Red Hot. Soam então os primeiros acordes do baixo de Flea do contagiante Can’t Stop. Entra em palco Anthony Kiedis, de cabelo comprido, a lembrar os bons velhos tempos, e o público explode. Tinha assim início um grande concerto, um grande espectáculo de excelente música, pleno de inteligência. Intercalados com temas tão conhecidos como Scar Tissues e By The Way e Otherside soaram canções do novo (e excelente, se me permitem) álbum da banda, Stadium Arcadium, entre os quais destaco Dani Califórnia, Snow (Hey Oh) e Strip My Mind, que apesar da toada mais calma que reflecte uma banda mais madura e experiente, conservam todo o funk, groove e distintividade da sonoridade desta excêntrica banda americana. Para todos os que ainda não tinham o álbum, este concerto foi uma excelente campanha de divulgação, que irá certamente fazer aumentar as vendas em Portugal deste duplo Stadium Arcadium.
Apesar das duas horas de concerto, foi num ápice que nos vimos a chegar ao fim do mesmo. Iniciava-se então a despedida com um Californication, cantado a plenos pulmões pelos 76 mil que assistiam em êxtase. Nem mesmo a corda partida da guitarra de Frusciante retirou a magia daquele momento fantástico. Acabou e soube a tão pouco, não pela falta de qualidade, muito pelo contrário, porque tudo o que é bom acaba depressa, e muito depressa neste caso. Mas faltava algo. Algo simplesmente magnífico. Apesar de se fazerem difíceis, as quatro malaguetas vermelhas e picantes voltaram, para nos presentearem, não com uma, mas três encores. Um tema do novo álbum, a indispensável Under The Bridge (arrepiante o som de 76 mil vozes em uníssono a cantar esta balada) e o velhote, mas genial Give It Away, que pôs tudo a saltar.
Anthony Kiedis despede-se e abandona o palco, deixando os mesmos três que iniciaram o concerto. Segue-se então outra demonstração de técnica, conhecimento, virtuosismo, sentimento, numa conjugação perfeita da guitarra, baixo e bateria de Frusciante, Flea e Chad respectivamente, que pareciam envoltos numa redoma, dada a cumplicidade e comunhão que se sentiu entre os três naquele instante. Foi o voltar à terra, de uma viagem inesquecível cheia de momentos altos. Como ponto negativo aponto apenas a pouca comunicação, ou mesmo nenhuma, que Anthony Kiedis teve com o público. No entanto, este aspecto é facilmente suplantado pela aspereza e precisão da bateria de Chad, pela ritmicalidade e extravagância do baixo de Flea, pela mestria da guitarra e emotividade das segundas vozes de Frusciante e pela clareza e qualidade da voz de Kiedis.
Peço desculpa de não conseguir falar imparcialmente deste concerto. Sou fã de Red Hot e estava bastante ansioso por esta oportunidade. A todos aqueles que me disseram que provavelmente me iria desiludir e que os Red Hot Chili Peppers iriam deixar a desejar, não posso deixar de lhes dar razão num dos aspectos. Deixaram efectivamente a desejar…uma próxima oportunidade de os ver em Portugal.
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(por Bruno Caseiro)
(por Bruno Caseiro)
quinta-feira, junho 01, 2006
Workshop de Luxo (17 a 21 de Julho)
Para aqueles de vós que conhecem os grandes guitarristas e bateristas desta Ocidental Praia Lusitana, os nomes Alexandre Manaia, Mário Delgado e Gonçalo Pereira, Nélson Sobral, Vicky e Bruno Pedroso, decerto já serão vossos conhecidos.
Se és instrumentista nalguma destas modalidades (guitarra e/ou bateria) e queres aperfeiçoar os teus conhecimentos e técnica, proponho-te este grande curso de Verão, na próxima semana de 17 a 21 de Julho, organizado pela escola de música Musicentro. Poderás participar nas masterclasses destes músicos, workshops dos professores da escola, e de outros privilégios. O preço: 200€. Caro, acharão alguns, porventura; outros já estarão neste momento a questionar-se como fazem para se inscrever. Acedam aqui e façam o download do programa e ficha de inscrição do curso Sol(os) de Verão-Aperfeiçoamento. Para mais informações, deixem as vossas questões na caixa de comentários.
Boa música ;)