GRANDE DIA DE ROCK IN RIO!!! (3-6-2006)
Cinco horas da tarde, quarto dia do Rock in Rio Lisboa 2006. Foi com grande contentamento que passei as portas que davam entrada ao parque da Bela Vista. Palco deste gigantesco festival que se realiza pela segunda vez em Portugal. O cartaz prometia. Orishas, Kasabian, Da Weasel e os cabeça-de-cartaz Red Hot Chili Peppers. Confesso que foi mais por estes últimos que escolhi este dia para visitar o palco do Rock, como é também conhecido aquele espaço.
Sete da tarde, iniciam o espectáculo os cubanos Orishas. A princípio estava um pouco renitente em relação a este concerto. Não duvidava da qualidade do grupo, em termos musicais, mas um hip hop com sonoridades latinas fortemente marcadas, deixava-me um pouco apreensivo quanto à qualidade do concerto. Rapidamente caíram por terra as minhas dúvidas. Orishas cativaram o público que, segundo os analistas, foi o maior de todos nos dias já realizados, para assistir a uma primeira banda do dia no Palco Mundo. Os ritmos dançantes, misturados com a boa interacção com o público, aqueceram bem a pequena multidão, que acompanhava, cantando e dançando, os temas mais conhecidos deste simpático grupo das terras de Fidel.
Seguiram-se uns, para mim, quase desconhecidos Kasabian. Ao que parece, durante muito tempo fizeram primeiras partes de concertos de Oásis e reconhecem nestes uma grande influência para a sua música. Trouxeram ao Rock in Rio o seu brit pop/rock, de certo modo agressivo, que embora não sendo o meu tipo de música preferido, ainda me fez abanar a cabeça em uma ou outra canção.
Rapidamente se instalou a noite e se juntou a imensa multidão. Estava a chegar a hora das principais atracções do dia. Os portugueses Da Weasel primeiro e os americanos Red Hot Chili Peppers depois. Nesta altura, 76 mil pessoas compunham a moldura humana que enchia todo o espaço disponível em frente ao Palco Mundo, numa extensão de muitos, muitos metros.
Sete da tarde, iniciam o espectáculo os cubanos Orishas. A princípio estava um pouco renitente em relação a este concerto. Não duvidava da qualidade do grupo, em termos musicais, mas um hip hop com sonoridades latinas fortemente marcadas, deixava-me um pouco apreensivo quanto à qualidade do concerto. Rapidamente caíram por terra as minhas dúvidas. Orishas cativaram o público que, segundo os analistas, foi o maior de todos nos dias já realizados, para assistir a uma primeira banda do dia no Palco Mundo. Os ritmos dançantes, misturados com a boa interacção com o público, aqueceram bem a pequena multidão, que acompanhava, cantando e dançando, os temas mais conhecidos deste simpático grupo das terras de Fidel.
Seguiram-se uns, para mim, quase desconhecidos Kasabian. Ao que parece, durante muito tempo fizeram primeiras partes de concertos de Oásis e reconhecem nestes uma grande influência para a sua música. Trouxeram ao Rock in Rio o seu brit pop/rock, de certo modo agressivo, que embora não sendo o meu tipo de música preferido, ainda me fez abanar a cabeça em uma ou outra canção.
Rapidamente se instalou a noite e se juntou a imensa multidão. Estava a chegar a hora das principais atracções do dia. Os portugueses Da Weasel primeiro e os americanos Red Hot Chili Peppers depois. Nesta altura, 76 mil pessoas compunham a moldura humana que enchia todo o espaço disponível em frente ao Palco Mundo, numa extensão de muitos, muitos metros.
Para quem está habituado a seguir os Da Weasel, este concerto não representaria nenhuma novidade. Assistiu-se ao alinhamento típico da tourné Re-Tratamento, com os temas bem conhecidos de todos nós. Foi no entanto um momento alto da noite, sem dúvida. O público acompanhou de princípio ao fim as músicas, sempre incentivados pelos enérgicos Pac e Virgul, que deixaram a malta “na boa” para o que se seguia.
Foi em delírio que Chad Smith, Flea e John Frusciante foram recebidos ao subirem para o palco. No seu jeito característico, começam uma malha de improviso que de imediato nos transportou a todos para o mundo da sonoridade típica dos Red Hot. Soam então os primeiros acordes do baixo de Flea do contagiante Can’t Stop. Entra em palco Anthony Kiedis, de cabelo comprido, a lembrar os bons velhos tempos, e o público explode. Tinha assim início um grande concerto, um grande espectáculo de excelente música, pleno de inteligência. Intercalados com temas tão conhecidos como Scar Tissues e By The Way e Otherside soaram canções do novo (e excelente, se me permitem) álbum da banda, Stadium Arcadium, entre os quais destaco Dani Califórnia, Snow (Hey Oh) e Strip My Mind, que apesar da toada mais calma que reflecte uma banda mais madura e experiente, conservam todo o funk, groove e distintividade da sonoridade desta excêntrica banda americana. Para todos os que ainda não tinham o álbum, este concerto foi uma excelente campanha de divulgação, que irá certamente fazer aumentar as vendas em Portugal deste duplo Stadium Arcadium.
Apesar das duas horas de concerto, foi num ápice que nos vimos a chegar ao fim do mesmo. Iniciava-se então a despedida com um Californication, cantado a plenos pulmões pelos 76 mil que assistiam em êxtase. Nem mesmo a corda partida da guitarra de Frusciante retirou a magia daquele momento fantástico. Acabou e soube a tão pouco, não pela falta de qualidade, muito pelo contrário, porque tudo o que é bom acaba depressa, e muito depressa neste caso. Mas faltava algo. Algo simplesmente magnífico. Apesar de se fazerem difíceis, as quatro malaguetas vermelhas e picantes voltaram, para nos presentearem, não com uma, mas três encores. Um tema do novo álbum, a indispensável Under The Bridge (arrepiante o som de 76 mil vozes em uníssono a cantar esta balada) e o velhote, mas genial Give It Away, que pôs tudo a saltar.
Anthony Kiedis despede-se e abandona o palco, deixando os mesmos três que iniciaram o concerto. Segue-se então outra demonstração de técnica, conhecimento, virtuosismo, sentimento, numa conjugação perfeita da guitarra, baixo e bateria de Frusciante, Flea e Chad respectivamente, que pareciam envoltos numa redoma, dada a cumplicidade e comunhão que se sentiu entre os três naquele instante. Foi o voltar à terra, de uma viagem inesquecível cheia de momentos altos. Como ponto negativo aponto apenas a pouca comunicação, ou mesmo nenhuma, que Anthony Kiedis teve com o público. No entanto, este aspecto é facilmente suplantado pela aspereza e precisão da bateria de Chad, pela ritmicalidade e extravagância do baixo de Flea, pela mestria da guitarra e emotividade das segundas vozes de Frusciante e pela clareza e qualidade da voz de Kiedis.
Peço desculpa de não conseguir falar imparcialmente deste concerto. Sou fã de Red Hot e estava bastante ansioso por esta oportunidade. A todos aqueles que me disseram que provavelmente me iria desiludir e que os Red Hot Chili Peppers iriam deixar a desejar, não posso deixar de lhes dar razão num dos aspectos. Deixaram efectivamente a desejar…uma próxima oportunidade de os ver em Portugal.
Foi em delírio que Chad Smith, Flea e John Frusciante foram recebidos ao subirem para o palco. No seu jeito característico, começam uma malha de improviso que de imediato nos transportou a todos para o mundo da sonoridade típica dos Red Hot. Soam então os primeiros acordes do baixo de Flea do contagiante Can’t Stop. Entra em palco Anthony Kiedis, de cabelo comprido, a lembrar os bons velhos tempos, e o público explode. Tinha assim início um grande concerto, um grande espectáculo de excelente música, pleno de inteligência. Intercalados com temas tão conhecidos como Scar Tissues e By The Way e Otherside soaram canções do novo (e excelente, se me permitem) álbum da banda, Stadium Arcadium, entre os quais destaco Dani Califórnia, Snow (Hey Oh) e Strip My Mind, que apesar da toada mais calma que reflecte uma banda mais madura e experiente, conservam todo o funk, groove e distintividade da sonoridade desta excêntrica banda americana. Para todos os que ainda não tinham o álbum, este concerto foi uma excelente campanha de divulgação, que irá certamente fazer aumentar as vendas em Portugal deste duplo Stadium Arcadium.
Apesar das duas horas de concerto, foi num ápice que nos vimos a chegar ao fim do mesmo. Iniciava-se então a despedida com um Californication, cantado a plenos pulmões pelos 76 mil que assistiam em êxtase. Nem mesmo a corda partida da guitarra de Frusciante retirou a magia daquele momento fantástico. Acabou e soube a tão pouco, não pela falta de qualidade, muito pelo contrário, porque tudo o que é bom acaba depressa, e muito depressa neste caso. Mas faltava algo. Algo simplesmente magnífico. Apesar de se fazerem difíceis, as quatro malaguetas vermelhas e picantes voltaram, para nos presentearem, não com uma, mas três encores. Um tema do novo álbum, a indispensável Under The Bridge (arrepiante o som de 76 mil vozes em uníssono a cantar esta balada) e o velhote, mas genial Give It Away, que pôs tudo a saltar.
Anthony Kiedis despede-se e abandona o palco, deixando os mesmos três que iniciaram o concerto. Segue-se então outra demonstração de técnica, conhecimento, virtuosismo, sentimento, numa conjugação perfeita da guitarra, baixo e bateria de Frusciante, Flea e Chad respectivamente, que pareciam envoltos numa redoma, dada a cumplicidade e comunhão que se sentiu entre os três naquele instante. Foi o voltar à terra, de uma viagem inesquecível cheia de momentos altos. Como ponto negativo aponto apenas a pouca comunicação, ou mesmo nenhuma, que Anthony Kiedis teve com o público. No entanto, este aspecto é facilmente suplantado pela aspereza e precisão da bateria de Chad, pela ritmicalidade e extravagância do baixo de Flea, pela mestria da guitarra e emotividade das segundas vozes de Frusciante e pela clareza e qualidade da voz de Kiedis.
Peço desculpa de não conseguir falar imparcialmente deste concerto. Sou fã de Red Hot e estava bastante ansioso por esta oportunidade. A todos aqueles que me disseram que provavelmente me iria desiludir e que os Red Hot Chili Peppers iriam deixar a desejar, não posso deixar de lhes dar razão num dos aspectos. Deixaram efectivamente a desejar…uma próxima oportunidade de os ver em Portugal.
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(por Bruno Caseiro)
(por Bruno Caseiro)
4 Comentários:
Obrigado Bruno pela tua visão dos acontecimentos do Palco do Rock no dia de ontem. Dá para ver que foi realmente um grande dia de música ao vivo!!! Abraço dos Putos da Banda.
De nada! Foi um prazer ver e escrever para este espaço onde se fala de boa música!!!
eu fui. grandes monstros da música. muito bom....mesmo genial. para ser perfeito só faltou o 'pea':)
Foi de facto um cartaz muito interessante! E fico muito contente por saber que Orishas conquistaram mais fãs neste dia. Tinha tido o privilegio de ver a sua primeira actuação em Portugal há alguns anos, enquanto convidados dos Da Weasel no palco do Coliseu de Lisboa.
E não são só os ritmos latinos que conquistam, são as letras e a critica social que lá se encontra.
Muito bom!!!
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