McCoy Tyner na Culturgest (24-02.07)
Para mim a vida e a música são a mesma coisa. Quanto mais aprendo sobre mim próprio, sobre o que me rodeia, sobre todo o género de coisas da vida, mais descubro sobre a música. Por isso, assim como não posso prever que tipo de experiências vou ter, também não posso prever que direcções vai seguir a minha música. Quero escrever e tocar o meu instrumento como sinto. Não é que seja fácil ser-se artista. Mas o que é fácil? Tudo o que vale a pena exige uma certa quantidade de energia, de dedicação. Sou feliz por ser um artista – preenche realmente a minha vida. (McCoy Tyner)
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Desde há mais de cinco décadas que a história do jazz (e do piano) é marcada pelo vigor, pela magistral percussão, pela cor harmónica, pelo pianismo de McCoy Tyner. Nascido em Filadélfia em 1938, começou a tocar piano aos treze anos, influenciado por Bud Powell, Art Tatum e Thelonious Monk, numa época em que, no seu bairro, viviam músicos como Lee Morgan, Archie Shepp, Bobby Timmons, Reggie Workman. Bud Powell, seu ídolo, mudou-se a certa altura para uma casa a dois quarteirões dos Tyner. Uma tal vizinhança e convívio haviam de influenciar o jovem músico.
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Desde há mais de cinco décadas que a história do jazz (e do piano) é marcada pelo vigor, pela magistral percussão, pela cor harmónica, pelo pianismo de McCoy Tyner. Nascido em Filadélfia em 1938, começou a tocar piano aos treze anos, influenciado por Bud Powell, Art Tatum e Thelonious Monk, numa época em que, no seu bairro, viviam músicos como Lee Morgan, Archie Shepp, Bobby Timmons, Reggie Workman. Bud Powell, seu ídolo, mudou-se a certa altura para uma casa a dois quarteirões dos Tyner. Uma tal vizinhança e convívio haviam de influenciar o jovem músico.
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Tinha dezassete anos quando, tocando num clube de Filadélfia encontrou John Coltrane, ao tempo integrado na banda de Miles Davis. O saxofonista, cujo estilo estava ainda em formação, e com uma reputação em crescimento, não tinha nenhum grupo seu, mas tocava ocasionalmente com alguns músicos, entre os quais Tyner. O entendimento entre ambos era tão grande que Coltrane tornou claro que um dia, quando tivesse a sua banda, gostaria de contar com ele.O pianista fez parte do lendário septeto de Benny Golson e Art Framer, mas quando Coltrane abandonou o grupo de Miles para formar o seu próprio, em 1960, McCoy Tyner integrou a sua banda. E até 1965 dela fez parte, participando em numerosas gravações históricas como Africa Brass, A Love Supreme e My Favorite Things. Simultaneamente gravou os seus próprios álbuns para a editora Impulse! E mais tarde para a Blue Note.
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Depois de deixar Coltrane, Tyner registou alguns álbuns post-bop para a Blue Note. No início dos anos 1970 assinou com a editora Milestone onde gravou discos que são absoluta referência na história do jazz, como Sahara ou Enlightenment. Desde essa altura que tem trabalhado sempre com regularidade, seja em quarteto, em big band ou em trio, gravando para várias editoras. É em trio que esta lenda viva do jazz vem à Culturgest.
Piano McCoy Tyner
Contrabaixo Charnett Moffett
Bateria Eric Kaman Gravatt
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